“O artesanato de Cordeiro acordou”. Quem afirma é Alessandro Concêncio (foto), secretário de Cultura do município, situado na Região Serrana, próximo a Nova Friburgo. Ele usa o slogan para divulgar o nome da recém-criada Associação Cordeirense de Artesãos, cuja sigla é Acorda. Ele também é artesão, trabalha com madeira, mas está há alguns meses submerso na burocracia municipal, verificando pedidos de apoio institucional.
Esclarece que os editais da Prefeitura para concessão de incentivos da Lei Paulo Gustavo, de subsídio a projetos culturais, só poderão contemplar iniciativas apresentadas por entidades e não por pessoas físicas, isoladamente.
Associação está crescendo
Uma das mais animadas articuladoras da Associação é a artesã Fabiana Gonçalves, dona do Ateliê Linhas e Agulhas. Explica que a Associação já reúne 30 filiados, mas acredita que chegará a 50 dentro de dois meses.
– Mantenho a minha casa e a educação de meus filhos com o artesanato. Dou aulas, vendo produtos, participo de eventos e creio que, a partir da Associação, teremos horizontes ainda mais promissores – comenta.
Fabiana é especialista em amigurumi – bonecos de tricô e crochê com forma de bichinhos de pelúcia e animais. Prossegue: – O legal é que dá pra fazer em casa e a criançada se diverte muito na hora de brincar, além de exercitar a imaginação e a coordenação.
Apoio vem da Prefeitura
Outra ativista da Acordar é a artesã Antônia Bardasson, especialista em patchwork, técnica que utiliza diversos retalhos de tecidos para compor uma peça única. Além de tesoureira da Associação, Antônia é presidente do Conselho Municipal de Cultura, e ainda encontra tempo para aproveitar o talento em outra técnica. Faz pintura bauer, transformando antigos latões de leite em verdadeiras peças de arte.
O secretário fica feliz com os elogios que as artesãs fazem ao apoio que a Prefeitura vem dando à classe, que resolveu se unir – ou “está acordando”, como ele frisa. Concêncio explica que a Cultura vem ganhando destaque na administração municipal e relata que isso pode ser observado na principal festa da cidade, a Expo Cordeiro, que, normalmente, é realizada no final de julho.
– Mesmo sendo uma feira agropecuária, temos, há duas décadas, um Corredor Cultural, com a participação cada vez mais significativa dos artistas locais. Espero que na festa do ano que vem, com a Acordar já consolidada, o artesanato tenha uma participação marcante – frisa.
Fabiana esclarece que a próxima meta dos artesãos cordeirenses é encontrar um ponto definitivo para expor e vender os seus produtos, no Centro da Cidade.
CONTATO (INSTAGRAM)
A.COR.DAR
ASSOCIAÇÃO CORDEIRENSE DE ARTESÃOS
@acordar.cor
