Estilo Cabo Frio: A inclusão na onda solidária

ESTILO CABO FRIO- SURF ADAPTADO

A inclusão na onda solidária

Diante da falta de patrocínio ou qualquer tipo de ajuda oficial, surfistas, professores de educação física e fisioterapeutas se revezam no voluntariado que assiste aos alunos com deficiência, participantes das oficinas esportivas do Instituto Somar.

Paloma AriasAs aulas de surf adaptado (com pranchas especiais para pessoas com deficiência) acontecem na Praia do Forte, em Cabo Frio, onde as amigas Fabiola Faggion e Paloma Arias uniram seus sonhos e trabalho para desenvolver as atividades do Instituto, uma ONG sem fins lucrativos. O funcionamento das oficinas do Somar, no entanto, depende da flexibilidade concedida pelo município para atividades ao ar livre. Ultimamente, os 20 alunos – a maior parte com autismo e paralisia cerebral – não têm podido se exercitar na praia e estão sentindo bastante, segundo suas mães.

Paloma conta que sempre sonhou em trazer sua mãe ao Brasil. Mas Dona Maria Joaquina, além da idade avançada, era cadeirante. Um dia, diante da insistência da mãe, que queria conhecer as famosas praias brasileiras, Paloma fez uma promessa: quando conseguisse criar uma estrutura de acessibilidade na praia, faria a vontade de Dona Joaquina.

Foi nesse período, já em 2017, que resolveu ajudar a Fabíola a criar a ONG, com o objetivo de proporcionar a chance de pessoas com deficiências praticarem esportes aquáticos. “Uma das primeiras providências foi adquirir uma rampa móvel, para que os cadeirantes pudessem chegar à areia. Mas, infelizmente, minha mãe morreu semanas antes e não pode realizar o seu sonho. Mas outras mães estão fazendo isso por ela…” – comenta Paloma, emocionada, lembrando que o Instituto dispõe, inclusive, de cadeiras anfíbias, que permitem à pessoa com deficiência entrar na água, acompanhada de instrutores. O Instituto continua sobrevivendo de doações e do esforço de voluntários.

Fotos Paloma Arias

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