Arigó, o pássaro migratório que “voa longe”, também simboliza os trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional, fundada em 1941, já que, em grande maioria, vieram de cidades distantes para alavancar a usina do aço criada no Governo de Getúlio Vargas. Até hoje, a CSN é o principal ícone da cidade de Volta Redonda, no Sul Fluminense.
O arigó-trabalhador ganhou até um dia especial no calendário municipal. Sua data é comemorada em 5 de abril. Na última festa, houve solenidade na Biblioteca Municipal promovida pela Secretaria de Cultura, quando foi lançado o Polo Street Art. Trata-se de uma iniciativa da Fundação CSN para estimular a produção artística e fomentar a linguagem do grafite, formando grafiteiros para atuarem no mercado local. O foco das oficinas do projeto é disseminar a imagem do arigó-pássaro.
A ave que cruza os céus da cidade ao longo do ano inteiro, também foi o nome escolhido para batizar o Projeto de Artesanato incentivado pela Prefeitura do Município – cuja marca oficial foi lançada, recentemente, no espaço Vírgula Hub de Inovação VR.
A diretora de Inovação, Letícia de Oliveira, e Tainá Tempopni (foto), da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Cidade do Aço, estiveram representando o artesanato do município na Abav Expo, no Rio, em setembro. Apresentaram diversos trabalhos feitos pelos artistas locais. Entre os mais diferentes tipos de artesanato em cerâmicas, tecidos, madeiras, tecelagem e pintura, destaque para o arigó, que virou o xodó da cidade. Márcia Pires, uma das artesãs locais, já o exibiu, inclusive, numa exposição em Lisboa, onde lançou a Coleção de Xícaras Arigó.
