Reorganizar as rendeiras de Cabo Frio, na Região dos Lagos, em torno de uma Associação que as represente e que transmita a arte secular através das gerações. Esta é a missão da professora, pedagoga e artesã Eliane Guedes (na foto, à esquerda), para quem fazer renda “é uma paixão, embora não renda o que uma rendeira mereça”.
Explica que as rendeiras cabofrienses, que costumavam se reunir habitualmente, estão desaparecendo. Umas envelheceram bastante, outras morreram e as que resistem foram separadas geograficamente, com a emancipação dos municípios de Búzios e Arraial do Cabo, então distritos de Cabo Frio.
Eliane criou uma Associação de Rendeiras, já conta com a adesão de quatro filiadas e continua participando de eventos, em busca do paradeiro das rendeiras de Búzios e Arraial, principalmente. Conseguiu o apoio de uma empresa para fazer um artesanato paralelo, utilizando a palha do milho e dando um destino útil a ele, que é bastante consumido nas praias da cidade, mas é descartado aleatoriamente.
“Precisamos passar essa tradição para as novas gerações, absorvida pela tecnologia. Assim como a cerâmica, fazer renda também é terapêutico: relaxa, alivia e cura as tensões” – garante.
CONTATO
Eliane Guedes está no Instagram:
https://www.instagram.com/elianeguedesatelier/
Ou no WhatsApp: 022 997083610