quarta-feira, maio 8, 2024
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Doçuras e aventuras na Rota do Cacau do Pará

Estado ganha um novo atrativo com a produção cacaueira, que já é a maior e mais rica em nutrientes do País

Altamira, Medicilândia, Uruará, Placas, Anapu, Brasil Novo, Novo Repartimento, Vale do Xingu, Tucumã e Tomé-Açu são os dez municípios que mais produzem cacau no estado do Pará, segundo dados da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). Fazem parte do mais novo projeto de rota turística desenvolvido pelo Governo do Estado do Pará, através da Secretaria estadual de Turismo (Setur), como eixo de desenvolvimento econômico e social, na região do Xingu.

No mapa da Rota do Cacau, Altamira é o município-base pela sua estrutura, servindo para o acesso via aérea, hospedagem, realização de eventos e negócios, bem como a possibilidade de visitação à Usina de Belo Monte. De lá, o turista pode se deslocar para os demais municípios pela Transamazônica em trechos asfaltados. O deslocamento entre as quatro cidades, sem paradas, é feito em pouco mais de duas horas de viagem.

O estado que bate recorde na produção e ganha prêmios internacionais com a qualidade de suas amêndoas, promove o turismo rural e oferece visitas guiadas onde o turista aprende todo processo – plantio, colheita, secagem, fermentação, moagem e produção do chocolate.

Em Vitória do Xingu, a construção do porto do município permitirá o desenvolvimento do turismo náutico e da pesca, além da possibilidade de se integrar à rota de cruzeiros de pequeno porte. Em Brasil Novo, o visitante tem a oportunidade de conhecer as fazendas de cacau, cachoeiras, corredeiras, cavernas e grutas. Em Medicilândia o visitante terá contato com a verticalização da produção cacaueira e a fabricação de chocolates.

“A Rota do Cacau é o trabalho da produção associada ao turismo. É uma rota econômica, com base na produção do cacau na Amazônia, incluindo o cacau orgânico. O Pará tem como meta se tornar o maior produtor de cacau do Brasil. A produção do Estado dobrou nos últimos anos”, destaca a diretora de Políticas em Turismo, Fátima Gonçalves. 

“A Rota do Cacau aproveita uma série de vantagens da produção cacaueira para fomentar o turismo de negócios na região, somando-se aos inúmeros atrativos naturais para promover diversos setores do turismo: de aventura, náutico, de sol e praia, rural, de natureza e até o científico”, conclui a diretora.

Amêndoas de primeiríssima qualidade diferenciam o cacau da Amazônia

Alto teor de gordura e amêndoas saborosas

O cacau paraense é conhecido por sua qualidade elevada, com ótimo teor de gordura para a fabricação do chocolate. O Governo do Estado prospecta mercados internacionais para a produção paraense que, este ano, deve atingir 110 mil toneladas de amêndoas. Atualmente, quase toda a produção paraense – perto de 90% – é vendida para grandes empresas de tranding da Bahia. E é por meio destas empresas que o cacau paraense chega aos mercados interno e externo.

O objetivo do Governo é aumentar o percentual da verticalização da produção dentro do próprio Estado, atraindo indústrias dos setores alimentício e de cosméticos, que utilizam o cacau como insumo; bem como vender as amêndoas paraenses diretamente para um dos mercados mais apetitosos dentro do segmento de chocolate.

A exportação destinada ao mercado internacional de chocolates finos pode acrescentar renda aos produtores de cacau do Pará. Hoje, o cacau considerado comum é negociado em média a R$ 130 a arroba (15 quilos). Já o produto classificado como do tipo superior pode atingir o preço de R$ 350 a arroba. Ou seja, o produtor pode triplicar os ganhos.

O secretário de Tuirismo, Adenauer Góes

“Uma rota turística envolve economia e mobilidade das pessoas. É fundamental a participação do empresariado, em todos os seus níveis, através das associações comerciais, no fortalecimento dos negócios já existentes e naqueles que ainda possam ser criados”, arremata Adenauer Góes, secretário de Estado de Turismo, 

O Projeto reúne parceiros como a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), órgão do governo federal, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio), prefeituras locais, além de associações e cooperativas empresariais que trabalham com a produção agrícola do cacau.

(Com informações e fotos da Agência Pará)

 

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